Canjerana, uma árvore nativa do Oikos


A canjerana, também conhecida como canjarana, ocorre desde Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Apresenta ampla dispersão em Santa Catarina, sendo bastante comum em todas as formações florestais do estado. No Oikos, não é diferente, onde se apresenta com suas sementes avermelhadas que se dispersam no terreno.

Ocorre naturalmente em vários tipos de solos, de férteis aos de baixa fertilidade, como é o nosso, principalmente os situados no alto dos morros, porém prefere solos úmidos e profundos, em terrenos planos ou suavemente ondulados, onde a drenagem é lenta.


Sua árvore é de grande porte, podendo atingir até 18 m de altura e 100 cm de diâmetro. Sua casca é de cor cinzenta escura, resinosa, com até 2 cm de espessura; levemente fendilhada e um pouco fibrosa.

A madeira da canjarana, que tem uma cor bem avermelhada, sempre foi considerada muito valiosa para a construção civil, por sua resistência ao ataque de pragas. Além disso, também é muito empregada na marcenaria, especialmente para a estrutura de móveis. Pode também ser utilizada para fins ornamentais, melíferos e medicinais. O suco dos frutos pode ser empregado como inseticida.

Seus frutos, de grande valor ecológico pelo alto teor nutricional, são muito apreciados por aves e pequenos mamíferos, fazem com que seja uma espécie facilmente disseminada. Este também é um dos motivos para que a canjerana seja utilizada em reflorestamentos e plantios de restauração ambiental.

A espécie é indicada para recuperação de matas ciliares por suportar bem áreas sujeitas à inundação temporária.
Canjerana

Nome científico: Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
Família: Meliaceae
Utilização: madeira utilizada em rodapés, construção civil, molduras e artesanato. Possuem frutos atrativos a avifauna.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Época de coleta de sementes: agosto a dezembro.
Fruto: carnoso deiscente.
Flor: branca.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta, sub-bosque, solo degradado.

Fotos: Edinho Pedro Schäffer e Miriam Prochow

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